A
história da agricultura no Brasil é conhecida pelo desenrolar de diferentes
ciclos de produção de culturas especificas que vai desde a exploração do
pau-brasil, cana-de-açúcar e outros, até posteriormente o café, caracterizados
por períodos de prosperidade, devido à demanda externa, seguidos de grande
depressão à medida que essa necessidade era saciada. A partir de 1960-1970, um
novo período iniciou-se, provocando uma reestruturação quando os grandes
produtores agrícolas dos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná, que
buscaram elevar sua produtividade através da combinação de fatores de produção
como (matéria-prima, energia,
mão-de-obra, tributos
dentre outros) na busca intensiva de maiores lucros em curto espaço de tempo,
Segundo HEES (1983, pg 03):
“As transformações que se vêm processando na agricultura
brasileira, em conseqüência da maior capitalização de suas atividades, têm
repercutido diretamente sobre as relações de trabalho no campo, o que torna a
situação dos trabalhadores rurais uma das questões mais importantes do âmbito
das atividades agrárias.”
Dentre as
principais características desse “novo modelo” agrícola implantado a partir das regiões Sul
e Sudeste do Brasil foram: desenvolvimento científico da agricultura, aumento
no investimento de capital, sejam maquinários ou insumos. Este processo se
refletirá no Estado da Bahia, principalmente através de dois processos: a
abertura das fronteiras agrícolas do Extremo Oeste Baiano para a cultura da
soja, e a criação do perímetro irrigado, no Norte do estado, às margens do Rio
São Francisco.
A região Nordeste do Brasil situa-se na zona
climática do Semi-Árido que corresponde a uma das seis grandes zonas climáticas do Brasil.
Abrange as áreas interioranas com isoietas com valor inferior a 800 mm anuais,
sendo esta região denominada de Polígono das Secas, a qual é reconhecida
pela legislação como sujeita a períodos
críticos de prolongadas estiagens.
O
município de Jeremoabo está localizado na região nordeste do Estado, no Polígono
das Secas, distante cerca de 370km da capital baiana, as suas terras foram
primeiramente povoadas por índios tupinambás, de onde vem a origem etimológica
da palavra, que significa "plantação de abóbora". A agricultura, pecuária
e avicultura são a base da economia local, mesmo com o clima semiárido,
possibilidades de chuvas de maio a julho e alto risco de seca.
A agricultura em
Jeremoabo é concentrada em áreas com disponibilidade de água, já que grande
parte da agricultura praticada é irrigada. Na região encontram-se áreas plantadas
de feijão, milho, tomate (culturas temporárias) e banana, coco, manga (culturas
permanentes). Vale salientar que o município tem uma produção significativa de
feijão e milho, o primeiro foi responsável em 2008 pela produção de 6.680
toneladas, enquanto o segundo respondeu por 20.592 toneladas do produto.
A prática
agrícola tem contribuído sobremaneira para o aumento das áreas antropizadas no
município. A erosão do solo tem aumentado consideravelmente, em função da remoção
da vegetação natural; de queimadas; do uso intensivo de agrotóxico e das
condições inadequadas de preparo do solo.
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