A
desertificação é um problema ambiental que ocorre em terras áridas, semiáridas
e subúmidas secas. Além da dinâmica dos elementos e fatores climáticos, o fator
mais intenso que colabora para a instalação da desertificação é a ação humana,
sobretudo por meio das práticas da agropecuária, extrativismo mineral e
vegetal, e, ainda, pelo uso de tecnologias impróprias, que gera pressões
ambientais pelo uso inadequado dos recursos.
Em
relação ao relevo, as áreas mais propícias para a instalação do processo de
desertificação é justamente as áreas depressivas ou planificadas, uma vez que
são nestas regiões que estão impetrados as mais variadas formas de ocupação do
espaço. As terras agrícolas estão comprometidas pelo desmatamento e pela
manutenção de uma atividade agropecuária ou pecuária extensiva. Tais práticas
são responsáveis pelo aparecimento das erosões, que desencadeiam o processo de
desertificação em estágio severo, como os núcleos de desertificação.
A
degradação da terra se entende: a redução ou a perda da produtividade biológica
ou econômica das terras agrícolas de sequeiro, das terras de cultivo irrigado,
dos pastos, das florestas e dos bosques em zonas áridas, semiáridas e subúmidas
secas, pelos sistemas de utilização da terra ou por um processo ou uma
combinação de processos, incluídos os resultantes de atividades humanas e
padrões de povoamento.
A
ocupação humana se dá de forma mais intensa em lugares de relevo aplainado e
depressivo, uma vez que estes ambientes apresentam uma altitude relativamente
propícia para sua ocupação. O desmatamento da vegetação existente nestes
ambientes e o aumento de solo exposto, as queimadas para construção de áreas de
pastagens e de cultivo com o tempo possibilita na intensa degradação do solo.
As contínuas e inadequadas maneiras de manejo desses recursos fazem com que
estes com o tempo esgotem suas propriedades, acarretando no empobrecimento de
suas características.
À
medida que a região ocupada perca suas propriedades, o homem se desloca para
outras áreas, cometendo o mesmo ou até mais agressivo processo de ocupação e a
utilização dos recursos. Consequentemente, estas áreas não suportam tais
degradações e acabam resultando num indicador de desertificação, que somados à
outros indicadores confirmam que o processo de tal fenômeno ambiental esteja se
instalando em determinada região.
No
contexto Geográfico, percebe-se que a apropriação do solo, do relevo, como suporte
ou recurso, origina transformações que começam com a subtração da cobertura
vegetal expondo o solo aos impactos pluvierosivos. Todavia, ocorrem alterações nas
relações processuais, como as mudanças no jogo dos componentes de perpendicular,
correspondente a infiltração, a paralela, assoreamento, agentes externos,
escoamento superficial ou fluxo de terra (CASSETI, 1994).
A foto retrata a paisagem degradada pelo uso inadequados dos recursos naturais pelo ser humano. Forte presença de pecuária extensiva, desmatamento. (Foto de Aislan S. Carneiro, Novembro de 2012). |
Nenhum comentário:
Postar um comentário