As bacias hidrográficas são
importantíssimas para que haja a sistematização dos ambientes. A bacia hidrográfica
é usualmente definida como a área na qual ocorre a captação de água (drenagem) para um rio
principal e seus afluentes devido às suas características geográficas e
topográficas.
Os principais elementos componentes das bacias
hidrográficas são os “divisores de água” – cristas das elevações que separam a
drenagem de uma e outra bacia, “fundos de vale” – áreas adjacentes a rios ou
córregos e que geralmente sofrem inundações, “sub-bacias” – bacias menores,
geralmente de alguma afluente do rio principal, “nascentes” – local onde a água
subterrânea brota para a superfície formando um corpo d’água, “áreas de
descarga” – locais onde a água escapa para a superfície do terreno, vazão,
“recarga” – local onde a água penetra no solo recarregando o lençol freático, e
“perfis hidrogeoquímicos” ou “hidroquímicos” – características da água
subterrânea no espaço litológico.
As bacias de regiões áridas e semiáridas, por
exemplo, abrigam um diversificado mosaico de sistemas ambientais que sofrem
expressivas transformações motivadas pelo processo histórico de uso e ocupação
da terra. Diante de uma relação conflituosa entre sociedade e natureza nos
sertões de clima semiárido, sobressai na bacia, a desertificação como
consequência da degradação ambiental.
A
influência do clima seco, a irregularidade pluviométrica, altas temperaturas, a
exploração da vegetação para utilização em diversas atividades, a supressão da
mata ciliar, as mais variadas formas de erosão, dentre outros fatores tem
comprometido os recursos hídricos, principalmente pela exposição dos solos, que
os torna mais vulneráveis à ação do vento, do sol e da chuva, provocando o
assoreamento dos rios, riachos e açudes. Uma gama de fatores interfere para que
as bacias hidrográficas sejam tidas como indicadores de desertificação.
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Região
do Raso da Catarina, no Extremo Norte da Bahia, pertencente ao Pólo de
Jeremoabo. (Foto de Aislan S. Carneiro, Novembro de 2012). |
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Processo de assoreamento em um dos cursos d'agua da
região de Gilbués, em ocorrência na estação de inverno, quando as chuvas arrastam enorme quantidade de sedimentos transportados
em suspensão no escoamento superficial
ou enxurrada, fez o leito do rio desaparecer, dando origem ao terreno
arenizado. (Foto de Ivamauro A.Sousa Silva, Janeiro de 2010). |
ótimo texto, linguagem clara e bom conteúdo
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