segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

As bacias hidrográficas e a desertificação

          As bacias hidrográficas são importantíssimas para que haja a sistematização dos ambientes. A bacia hidrográfica  é usualmente definida como a área na qual ocorre a captação de água (drenagem) para um rio principal e seus afluentes devido às suas características geográficas e topográficas.

Os principais elementos componentes das bacias hidrográficas são os “divisores de água” – cristas das elevações que separam a drenagem de uma e outra bacia, “fundos de vale” – áreas adjacentes a rios ou córregos e que geralmente sofrem inundações, “sub-bacias” – bacias menores, geralmente de alguma afluente do rio principal, “nascentes” – local onde a água subterrânea brota para a superfície formando um corpo d’água, “áreas de descarga” – locais onde a água escapa para a superfície do terreno, vazão, “recarga” – local onde a água penetra no solo recarregando o lençol freático, e “perfis hidrogeoquímicos” ou “hidroquímicos” – características da água subterrânea no espaço litológico.

As bacias de regiões áridas e semiáridas, por exemplo, abrigam um diversificado mosaico de sistemas ambientais que sofrem expressivas transformações motivadas pelo processo histórico de uso e ocupação da terra. Diante de uma relação conflituosa entre sociedade e natureza nos sertões de clima semiárido, sobressai na bacia, a desertificação como consequência da degradação ambiental.

A influência do clima seco, a irregularidade pluviométrica, altas temperaturas, a exploração da vegetação para utilização em diversas atividades, a supressão da mata ciliar, as mais variadas formas de erosão, dentre outros fatores tem comprometido os recursos hídricos, principalmente pela exposição dos solos, que os torna mais vulneráveis à ação do vento, do sol e da chuva, provocando o assoreamento dos rios, riachos e açudes. Uma gama de fatores interfere para que as bacias hidrográficas sejam tidas como indicadores de desertificação.
Região do Raso da Catarina, no Extremo Norte da Bahia, pertencente ao Pólo de Jeremoabo. (Foto de Aislan S. Carneiro, Novembro de 2012).


Processo de assoreamento em um dos cursos d'agua da região de Gilbués, em ocorrência na estação de inverno,  quando as chuvas arrastam  enorme quantidade de sedimentos transportados em suspensão no escoamento  superficial ou enxurrada, fez o leito do rio desaparecer, dando origem ao terreno arenizado. (Foto de Ivamauro A.Sousa Silva, Janeiro de 2010).


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